A FIC SA realizou, no dia 18 de agosto, a AGO para a apreciação do relatório e contas de 2016 e Plano de 2017.
Estiveram presentes na reunião Admar Brito, técnico da Unidade de Acompanhamento do Sector Empresarial do Estado (UASE), em representação do sócio “Estado”, Ana Paula, técnica da CV TradeInvest (CVTI), em representação do sócio “CV TradeInvest”, o Presidente executivo da FIC, Gil Costa, e os Administradores não executivos, Secretários Gerais das Câmaras de Comércio de Barlavento e Sotavento, respetivamente Adriano Cruz e Jose Luis Neves. A reunião foi presidida por Joana Flor, Presidente da Mesa da Assembleia da FIC.
As principais deliberações constantes da reunião são:
- Aprovação do relatório de atividades e contas referentes a 2016 com ressalvas apresentadas pela CV TradeInvest.
As contas de 2016 da FIC indicam resultados positivos (389.940 ECV contra os 29.978 ECV registados em 2015). Dada a insignificância relativa desse valor, os sócios decidiram para a sua aplicação na liquidação de dividas antigas da organização.
- Aprovação do Plano de Ação e Orçamento para 2017, com a ressalva de o CA da FIC ter de proceder a atualização do Orçamento, considerando as recomendações do Socio “Estado” quanto às necessidades e possibilidades de ter um orçamento mais ambicioso
- O terceiro ponto da reunião foi dedicado à matérias relacionadas co a sustentabilidade da FIC SA, tomando em consideração duas situações que há muitos padecem de resolução: i) Realização do capital subscrito pelos sócios: até a presente data o sócio “Estado” realizou apenas 32% do capital subscrito e CV Trade Invest 0%.
Consta que desde 2014 os sucessivos Conselhos de Administração da FIC têm travado luta junto da administração fiscal, procurando converter em capital social parte da dívida fiscal registada no período 2011 – 2014. Embora a deliberação exarada pela anterior Ministra das Finanças, Cristina Duarte, tenha sido favorável, essa medida encontrou forte resistência na Repartição de Finanças de São Vicente, negando simplesmente o seu cumprimento.
Igualmente foi objeto de discussão a necessidade vital de uma decisão definitiva do Estado quanto ao efetivo património ao dispor da FIC, sem a qual não será possível projetar qualquer que seja estratégia de sustentabilidade da organização.
A restruturação do capital social da FIC, com cedência de parte da quota do Estado às Câmaras de Comércio, foi igualmente assunto de reflexão. A discussão e deliberações sobre este assunto foram delegadas para a próxima Assembleia Extraordinária prevista para este ano, tão cedo estejam criadas as condições substanciais.