Entrou em vigor a zona de comércio livre de África, um marco simbólico, segundo peritos internacionais, já que a sua aplicação prática deverá demorar anos.
A zona de comércio livre vai juntar 1.300 milhões de pessoas num bloco económico avaliado em 3,4 triliões de dólares, a maior área de comércio livre desde o estabelecimento da OMC. Trata-se de uma oportunidade ímpar para os países africanos, potenciando redes comerciais e financeiras próprias, e a desejada emersão do continente face à auto-suficiência.
Todos os países africanos, excepto a Eritreia, assinaram o acordo e 34 já o ratificaram, mas analistas afirmar que o verdadeiro trabalho para a aplicação do acordo começa agora, à semelhança do longo caminho percorrido na criação do mercado regional europeu.
O chefe de Gabinete do Secretariado da AfCFTA defende que “a integração económica não é um acontecimento, é um processo”.
O lançamento também terá motivado a mudança de decisão do Governo de Cabo Verde em relação ao diplomata a enviar para a Abuja, entendendo a necessidade de se ajustar a “estratégia política para a integração regional de Cabo Verde na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e, consequentemente, na grande zona de comércio continental.